Goiânia é um município brasileiro, capital do estado de Goiás. Dista 209 km de Brasília, a capital nacional. Com uma área de aproximadamente 739 km², possui uma geografia contínua, com poucos morros e baixadas, caracterizada por ser uma região do Planalto Central do Brasil.

A População de Goiânia faz da cidade a segunda mais populosa do Centro-Oeste, sendo superada apenas por Brasília. É um importante polo econômico da região, considerada um centro estratégico para áreas como indústria, medicina, moda e agricultura.

População de Goiânia

Contudo, tem enfrentado desafios, entre eles a desigualdade social, crescentes problemas de trânsito, índices de crime elevados e o clima seco, resultado da poluição e por se localizar no cerrado brasileiro. Entretanto, durante a década de 2000, Goiânia destacou-se entre as capitais brasileiras por possuir o maior índice de área verde por habitante do Brasil, na época ultrapassada apenas para a cidade de Edmonton, no Canadá.

De acordo com as estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população é de 1 495 705 habitantes em 2018. É a sexta maior cidade do Brasil em tamanho, com 256,8 quilômetros quadrados de área urbana e o décimo município mais populoso do Brasil. Em 2016, a Região Metropolitana de Goiânia possuía 2 458 504 habitantes, sendo a 13ª região metropolitana mais populosa do país.

Região Metropolitana de Goiânia

O intenso processo de conurbação atualmente em curso na chamada Grande Goiânia vem criando uma metrópole cujo centro está em Goiânia e atinge os municípios de Abadia de Goiás, Aparecida de Goiânia, Aragoiânia, Bela Vista de Goiás, Bonfinópolis, Brazabrantes, Caldazinha, Caturaí, Goianápolis, Goianira, Guapó, Hidrolândia, Inhumas, Nerópolis, Nova Veneza, Santo Antônio de Goiás, Senador Canedo, Terezópolis de Goiás e Trindade. A Região Metropolitana de Goiânia foi criada no ano de 1999 e atualmente é constituída por 20 municípios, a décima maior aglomeração urbana do Brasil, com 2 206 134 habitantes. Seu Produto Interno Bruto (PIB) representou menos de 40% do estado em 2005.

População de Goiânia Demografia

A população do município de Goiânia em 2018, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), era de 1 495 705 habitantes, sendo o município mais populoso do estado e o 11º mais populoso do Brasil. O principal motivo para o alto crescimento da população está na proximidade de Goiânia com Brasília, que impulsionou o crescimento do município e a região geográfica compreendida entre esta e a capital federal, tornando o Eixo Goiânia-Brasília o terceiro maior aglomerado populacional do país, reunindo cerca de nove milhões de pessoas em 2011. A Região Metropolitana de Goiânia era em 2016 a décima terceira maior aglomeração urbana do Brasil, com uma população de 2 458 504 habitantes. Apresentava em 2011, uma densidade populacional de 1 782,5 habitantes por km², a maior de seu estado.

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Goiânia é considerado elevado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), cujo valor é 0,832, o segundo maior de todo estado de Goiás (em 242 municípios); terceiro de toda Região Centro-Oeste do Brasil (em 446) e o 111° de todo Brasil (em 5 507). Considerando apenas a educação, o valor do índice é de 0,933 (classificado como muito elevado), enquanto o do Brasil é 0,849. O índice da longevidade é de 0,751 (o brasileiro é 0,638) e o de renda é de 0,813 (o do Brasil é 0,723). A cidade possui a maioria dos indicadores elevados e parecidos com os da média nacional segundo o PNUD. A taxa de alfabetização adulta é 96,78%. A incidência da pobreza, medida pelo IBGE, é de 3,64%, o limite inferior da incidência de pobreza é de 2,92%, o superior é de 4,35% e a incidência da pobreza subjetiva é de 4,35%.

População de Goiânia Etnias e imigração

A população goianiense é marcada pela miscigenação étnica. Na imagem, um grupo de estudantes da rede pública da cidade a receber aulas de programação e robótica.
Goiânia é uma cidade multirracial, fruto de intensa migração. O seu povoamento tem ligação íntima com o povoamento do interior do centro-oeste brasileiro, de forma gradual principalmente por migrantes atraídos do interior goiano, além de outras regiões de outros estados do Brasil. Vieram pessoas de diversas origens, o que contribuiu para que a cidade tivesse uma população miscigenada, composta predominantemente de brancos e pardos. Segundo o censo de 2010 do IBGE, em pesquisa de autodeclaração, a população de Goiânia é composta por brancos (48%), pardos (44%), pretos (5,68%), indígenas (0,16%) e amarelos (1,68%). Em relação ao outro censo realizado em 2000, houve uma diminuição de brancos e indígenas e um aumento de pardos, pretos e amarelos.

Inicialmente, Goiânia foi povoada por migrantes oriundos do interior de Goiás. Sua criação foi decisiva para o crescimento populacional do estado, já que Vila Boa, a antiga capital apresentava sinais de decadência populacional e era considerada um retrocesso para o estado. A fundação da atual capital goiana é considerada um fato de sucesso na povoação do interior brasileiro. Hoje, a população não oriunda de Goiânia é predominantemente de Minas Gerais, Bahia, Tocantins, Maranhão, São Paulo e Pará, respectivamente.

Levando-se em conta a nacionalidade da população residente durante o censo realizado em 2010, 1 298 633 habitantes eram brasileiros natos (99,74%) e 3 368 eram estrangeiros (0,26%). Em relação à região de nascimento, 998 088 eram nascidos na Região Centro-Oeste (76,66%). De outras regiões, 124 372 são do Nordeste (9,55%), 93 718 no Sudeste (7,20%), 67 493 no Norte (5,18%) e 9 538 no Sul (0,73%), além de 5 424 sem especificação (0,42%). 971 427 habitantes eram naturais de Goiás (74,61%). Entre os naturais de outras unidades da federação, havia 60 663 mineiros (4,66%), 45 326 baianos (3,48%), 42 633 tocantinenses (3,27%), 40 399 maranhenses (3,10%), 26 783 paulistas (2,06%), 19 620 paraenses (1,51%), 12 235 brasilienses (0,94%), 12 185 matogrossenses (0,94%), 10 409 piauienses (0,80%), 10 331 cearenses (0,79%), 6 460 pernambucanos (0,50%), 5 212 fluminenses (0,40%), 5 209 paranaenses (0,40%) e populações, em menor quantidade, de todos os outros estados do Brasil.

População de Goiânia Bairros

População de Goiânia Bairros

População de Goiânia Religião

Tal como a variedade religiosa em Goiânia, são diversas as manifestações do gênero presentes na cidade. Embora tenha se desenvolvido sobre uma matriz social eminentemente católica, é possível encontrar atualmente na cidade dezenas de denominações protestantes diferentes. A capital goiana está localizada no país mais católico do mundo em números absolutos. A Igreja Católica teve seu estatuto jurídico reconhecido pelo governo federal em outubro de 2009, ainda que o Brasil seja atualmente um estado oficialmente laico. A igreja católica reconhece Nossa Senhora Auxiliadora como padroeira da cidade.





De acordo com dados do Censo de 2000 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil teve uma queda no número de católicos e um aumento no número de evangélicos. Mais tarde, em 2010, 50,88% da população do município era católica romana, 32,44% eram evangélicos, 9,11% não tinha religião, 4,29% eram espíritas, 0,82% Testemunhas de Jeová, 1,6% outras religiosidades cristãs (que incluem Igreja Católica Apostólica Brasileira, Igreja Ortodoxa, mórmons e outras) e 0,96% de outras religiões.

Ainda no Censo em 2000, constatou-se que em bairros centrais de Goiânia, como o Bueno e Oeste, a grande maioria da população é católica, onde a porcentagem ultrapassa os 60%, entretanto, há uma tendência desse número diminuir. Já os evangélicos de missão possuem pouca influência na cidade, pois representam apenas de 3,32% da população na maior parte dos bairros da capital. Em contrapartida, a quantidade de evangélicos pentecostais sofreu um aumento entre 1991 e 2000, diretamente relacionado com a diminuição de católicos. São nas igrejas Assembleia de Deus, Universal do Reino de Deus e Congregação Cristã no Brasil que se concentram a maior parte dos fiéis. A parte da população que se considera sem religião está concentrada nos bairros periféricos da região oeste.

Detre as denominações protestantes em Goiânia, a maioria da população é pentecostal, cerca de 20,49%. Os batistas constituem 1,33% da população do município, 0,98% são presbiterianos, 0,79% adventistas, 0,22% os demais grupos protestantes (luteranos, congregacionais e metodistas) e 8,58% não possuem denominação. As Assembleias de Deus são o maior grupo pentecostal, com 11,21% da população, seguida pela Igreja Universal do Reino de Deus com 1,38% e Congregação Cristã no Brasil com 1,29%.

População de Goiânia Segurança, Violência e Criminalidade

Goiânia é a 17ª cidade brasileira mais violenta do país, segundo dados do Ministério da Saúde de 2008. Em 2006, entre as grandes cidades e capitais brasileiras, Goiânia possuía o 17º maior número absoluto de homicídios (444). A cidade registrou, em 2006, 36,4 casos de homicídios por 100 mil habitantes,[160] índice acima do verificado em cidades como São Paulo (23,7), Porto Alegre (36,3), Fortaleza (35,4) ou Brasília (32,1). A cidade também está entre os locais com mais mortes no trânsito. Em 2006, foi a sexta no número de óbitos por acidentes de transporte, com 521 mortos, atrás de São Paulo (1593), Belo Horizonte (704), Fortaleza (623), Brasília (580) e Rio de Janeiro (559).

Segundo dados da Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), em 2011 a cidade teve o ano mais violento de sua história, superando em mais de 36% da quantidade de homicídios registrados em 2010. Nesse ano, Goiânia chegou a ter 37 mortes por 100 mil habitantes, que é um valor considerado triplamente crítico pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A maioria dos dez bairros com os maiores números de homicídios estavam concentrados em regiões específicas de Goiânia, exceto o Jardim Guanabara, o único da região norte da cidade entre os dez, que assumiu o primeiro lugar na lista, com mais de quinze homicídios, seguido dos jardins Curitiba e Jardim Nova Esperança (ambos da região noroeste), Jardim América, Pedro Ludovico, Parque Amazônia, Parque Santa Cruz[168] (todos da Região Sul), Parque Atheneu (região sudeste), Vila Mutirão e Morada do Sol (região noroeste), respectivamente. 87% das vítimas são homens (44% na faixa etária dos 18 aos 30 anos e 76% são executados com arma de fogo). Ainda, os bairros Centro, Real Conquista, Norte Ferroviário, Finsocial, Vera Cruz, São Francisco, Eldorado Oeste, Estrela D’Alva e Recanto das Minas Gerais são também tidos como violentos, com altos índices de homicídios entre os anos de 2013 e 2014.

Com base em dados do Ministério da Justiça, pode-se observar que a violência em Goiânia em conjunto com a sua região metropolitana é menor que a média nacional, entretanto tem crescido na mesma proporção que as demais no Brasil nos últimos anos. De 1997 a 2000, a Região Metropolitana de Goiânia figurou no 13º lugar entre as aglomerações urbanas do país. A taxa apresentada no período foi de 25,3 homicídios por 100 mil habitantes. Em contrapartida, o crescimento populacional da região (a sexta maior no Brasil) retirava o otimismo em relação à violência. A média de homicídios por 100 mil habitantes cresceu em Goiânia de 1998 a 2002: 1998 (21,54), 1999 (26,89), 2000 (22,87), 2001 (18,89) e 2002 (28,96).

Segundo a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), foram registradas mais 250 denúncias sobre violência infantil de janeiro a julho de 2011, contra 208 em todo o ano de 2010. Os números apontam que a cada dia mais de duas crianças sofriam violência ou abuso sexual na capital goiana. Em 85% dos casos, meninas são as vítimas e os agressores são parentes próximos. Os divórcios e o desenvolvimento social são as principais causas no aumento da violência infantil.

População de Goiânia Habitação, Serviços e Comunicação

No ano de 2010, segundo o IBGE, a cidade tinha 422 710 domicílios entre apartamentos, casas, e cômodos. Desse total, 251 920 eram imóveis próprios, 225 581 próprios já quitados (53,36%), 26 339 em aquisição (6,23%) e 132 692 alugados (31,39%); 37 003 imóveis foram cedidos, 2 959 por empregador (0,70%) e 34 004 cedidos de outra maneira (8,04%). 1 095 foram ocupados de outra forma (0,25%). Grande parte do município conta com água tratada, energia elétrica, esgoto, limpeza urbana, telefonia fixa e telefonia celular. Naquele ano, 92,96% dos domicílios eram atendidos pela rede geral de abastecimento de água; 99,80% das moradias possuíam coleta de lixo e 96,59% das residências possuíam escoadouro sanitário. Atualmente, o lixo da capital goiana é jogado no Aterro Sanitário de Goiânia, localizado no quilômetro três da GO-060, na saída para o município de Trindade, na Região Metropolitana de Goiânia.

O abastecimento de água é feito pela empresa de Saneamento de Goiás (Saneago).Em 2005 a demanda média de Goiânia e sua região metropolitana era de 5 600 litros de água por segundo. Já o serviço de fornecimento de energia elétrica é feito pela CELG. A tensão elétrica da rede é de 220 volt. Na área de telefonia, o índice de área de discagem direta a distância (DDD) é de 062. Há fácil acesso à internet em parte da cidade. Desde 2010 a prefeitura está colocando redes wireless nos principais pontos da cidade a fim de oferecer acesso gratuito à Internet para a população da cidade.

Goiânia conta ainda com diversos jornais. No ano de 2000 eram 11 no total, destacando-se o O Popular. Este último citado estava entre os dez de maior circulação no país, segundo dados do Instituto Verificador de Circulação, ocupando a sexta colocação, com 163 568 000 exemplares/ano, atrás do Super Notícia, Folha de S.Paulo, Extra, O Estado de S. Paulo, O Globo e Zero Hora. Em Goiânia está situada a sede da Agência Goiana de Comunicação, órgão oficial dos Poderes do Estado que acompanha ações, projetos, programas e obras de órgãos e entidades relacionados ao jornalismo e mídia em geral. Também há mais de 24 rádios AM e FM, como a Rádio Sucesso, a Fonte FM, a CBN Goiânia, a Rádio 730, a Rádio Jovem Pan FM a Sara Brasil FM, a Difusora e muitas outras. Goiânia possui também diversas emissoras de televisão sediadas da própria cidade, como a TV Anhanguera, a TV Serra Dourada, a RecordTV Goiás, a TV Brasil Central, a TV UFG, a Fonte TV e a PUC TV Goiás.